A minha Casa é guardiã do meu corpoE protetora de todas as minhas ardênciasE transmuta em palavraPaixão e veemênciaE minha boca se faz fonte de prataAinda que eu grite à Casa que só existoPara sorver a água da tua boca.A minha Casa, Dionísio, te lamentaE manda que eu te pergunte assim de frente:A uma mulher que canta ensolaradaE que é sonora, múltipla e argonautaPor que recusas amor e permanência?Hilda Hilst
Nenhum comentário:
Postar um comentário