13 de junho de 2014

"Na primeira vez que me enganares é sua culpa. Na segunda, será culpa minha."

8 de junho de 2014


A minha Casa é guardiã do meu corpo
E protetora de todas as minhas ardências
E transmuta em palavra
Paixão e veemência
E minha boca se faz fonte de prata
Ainda que eu grite à Casa que só existo
Para sorver a água da tua boca.
A minha Casa, Dionísio, te lamenta
E manda que eu te pergunte assim de frente:
A uma mulher que canta ensolarada
E que é sonora, múltipla e argonauta
Por que recusas amor e permanência?

Hilda Hilst